“Um dos projectos de viagem mais interessantes da última década”, “uma expedição única à escala polonesa e global” – foi assim que os meios de comunicação poloneses escreveram sobre a “África de Nowak”. Mais de dez anos se passaram desde essa expedição – tempo suficiente para ansiar por mais aventura e planejar outra. Então aqui vamos nós para outro continente, mas ainda em estafeta, escrevendo „Diários de Bicicleta”.
De 2009 a 2012, fascinados pela viagem e pelas conquistas de Kazimierz Nowak, um viajante polonês, que na década de 1930 sozinho atravessou a África, de norte-a sul e vice-versa, de bicicleta, a pé, de barco, a cavalo e de camelo – percorremos seus passos por mais de 33 mil quilómetros. Cento e cinquenta pessoas da Polónia e de outros países estrangeiros participaram na estafeta africana de Nowak. Ao longo do percurso colocámos várias dezenas de placas que comemoravam a viagem do aventureiro, resultando, inclusive, no encontro com as últimas testemunhas vivas da expedição de Nowak. O livro de Łukasz Wierzbicki ” África do Kazik” chegou às escolas e tornou-se uma leitura favorita dos leitores mais jovens.
Após a conclusão da expedição por África, nos anos seguintes, cooperámos com o grupo Bike Jamboree na organização de três outras grandes estafetas de bicicleta: „Jamboree da Bicicleta 2015” – de Gdańsk ao Japão, para o concentração mundial de escuteiros; „Bike Jamboree 2017-2019” – à volta do mundo e „JednoŚladami Andersa 2022-2023” – seguindo os rastos do exército polonês do General Władysław Anders.
Essas expedições são um bonito capítulo já concluso. Todavia, a viagem – na realidade – não tem fim.
Dessa vez iremos até à América do Sul. Começaremos em setembro de 2025 com o Encontro dos Viajantes “Kazimierz Nowak”, que organizámos durante vários anos em Boruszyn (Polónia), local onde Kazimierz Nowak viveu antes de viajar para África. A primeira etapa da nova estafeta, chamada “Diários de Bicicleta”, será a Patagónia. Nos meses subsequentes, partiremos do extremo sul do continente sul- americano em direção ao seu extremo norte.
Como? Sem pressas, com atenção e curiosidade pelo mundo, porque o mais importante para nós não é o destino, mas sim a viagem em si.
A expedição terá a duração de um ano e meio e será composta por cerca de 20 etapas. Cada uma delas durará aproximadamente três semanas, durante as quais as equipas percorrerão aproximadamente mil quilómetros cada uma. Pedalaremos, mas também – por vezes – nadaremos e caminharemos. Conversaremos com pessoas, tomaremos notas, faremos gravações e fotografias, filmaremos e vasculharemos os arquivos. Tudo isso para contar àqueles que não poderão ir conosco sobre as pessoas que iremos conhecer, os locais que iremos visitar, as emoções que iremos vivenciar. Para contar sobre o Mundo.
À nossa frente estão os Andes, a Savana Patagónica, as Florestas Tropicais e as praias paradisíacas do Equador e, acima de tudo: uma maravilhosa aventura partilhada.